CALVIN KLEIN
Na década de 1980 a grife resolveu diversificar seus produtos com o lançamento de coleções de roupas íntimas e perfumes que fariam enorme sucesso junto ao público, e seriam responsáveis pelo enorme crescimento do faturamento. Outra tendência internacional dos anos de 1990 seguida à risca por Calvin Klein foi a criação de uma marca alternativa, a CK CALVIN KLEIN, que representava uma versão jovem, urbana e colorida das linhas de roupas masculinas, femininas e de acessórios da marca. Nesta década a marca possuía seis lojas próprias nos Estados Unidos, e outras unidades espalhadas em vários países como Espanha, Japão, França, Suíça e até Cingapura. Embora a empresa quase tenha enfrentado falência em 1992, Calvin Klein conseguiu recuperar e aumentar a lucratividade de seu império ao longo dessa década, principalmente através do sucesso de suas altamente populares linhas de roupas íntimas e fragrâncias.
Em 2002 a marca inaugurou sua primeira loja âncora em solo francês, localizada na tradicional Av. Montaigne. Pouco depois, em fevereiro de 2003, seguindo a tendência das grandes casas de moda e dos produtos de luxo internacionais, Calvin Klein vendeu a marca para o grupo norte-americano Philips-Van Heusen (PVH), então maior fabricante de camisas e gravatas do mundo e atual proprietário de marcas como Tommy Hilfiger e Speedo, por US$ 438 milhões em dinheiro, além de US$ 30 milhões em ações e participação nas vendas até 2018, mas continuou trabalhando como consultor de criação por quase três anos. Meses depois, contratou o brasileiro Francisco Costa e o italiano Ítalo Zucchelli para desenhar, respectivamente, as coleções femininas e masculinas. Embora pouco conhecido no Brasil e no mundo, o mineiro Francisco Costa, já tinha no currículo passagens pelas Maisons Oscar de La Renta e Gucci, antes de assumir o desafio. Sua coleção de estreia, em setembro, acumulou elogios da imprensa especializada internacional.
Em agosto de 2004, enquanto Costa preparava mais uma elogiada participação na semana de moda de Nova York, Calvin Klein circulava tranquilamente de bermudão e sandálias Havaianas pela praia de Ipanema, entre uma de suas muitas vindas recentes ao Brasil, especialmente ao Rio de Janeiro. Em 2008 a marca lançou seu comércio online. Em 2010 a marca assinou um contrato exclusivo com Lara Stone, uma das modelos mais badaladas do mundo, fazendo da exuberante moça a nova cara da coleção Calvin Klein, CK Calvin Klein e Calvin Klein Jeans para a temporada de outono. Na primavera de 2015, o estilista brasileiro reintroduziu o slip dress. Originalmente de 1994, o vestido se transformou em ícone dessa década e chegou ao novo milênio reinterpretado, e na companhia de sneakers e blazers oversized. O brasileiro Francisco Costa ficou na chefia criativa da marca até 2016, quando foi substituído pelo belga Raf Simons, que recentemente deixou o cargo por diferenças criativas com os executivos. Mais recentemente a marca lançou a linha feminina plus size, composta por peças íntimas nos tamanhos 46 a 54. No início de 2019, a marca anunciou a decisão de encerrar as atividades de alta costura (com a marca CALVIN KLEIN 205W39NYC), focando todos os seus esforços nas linhas casuais. Isto significa um adeus às passarelas e o fim de uma era.